Por causa dos danos, Polícia Científica orientou a Defesa Civil a interditar e impor ao proprietário demolição de parte da estrutura. Incêndio, no estabelecimento na Serra da Mantiqueira, foi na última quarta (24).
Por G1 Vale do Paraíba e região
26/07/2019 14h03
Uma perícia da Polícia Científica no hotel-fazenda destruído por um incêndio na Serra da Mantiqueira na última quarta-feira (24) apontou riscos à estrutura e recomendou ações à Defesa Civil - entre elas a interdição do prédio e a demolição parcial. Peritos estiveram no local na manhã desta sexta-feira (26) e um laudo, com as causas do incêndio, deve ficar pronto em 30 dias.
As chamas destruíram 14 dos 44 chalés. O prejuízo é estimado pelo proprietário em mais R$ 1 milhão. Nenhum dos 15 hóspedes ficou ferido, mas o fogo, de grandes proporções, atingiu duas das três edificações do estabelecimento, erguido nas montanhas, entre Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal. O proprietário não tinha seguro do espaço.
O trabalho da perícia foi, além de analisar a estrutura do hotel destruído, também colher elementos relacionados às causas do incidente.
Análise preliminar, por meio de vestígios coletados no local, a suspeita é que o fogo tenha tido causa acidental, não criminosa. Detalhes da averiguação não foram informados.
Destruição
Segundo a perícia, o hotel-fazenda tinha três prédios principais e outras dependências distribuídas no terreno com topografia acidentada na zona rural. O local onde ficavam os apartamentos e um outro, onde ficavam restaurante, biblioteca e uma área de lazer foram queimados.
O fogo espalhou rapidamente porque o prédio foi erguido em estilo colonial, com uso de madeira na construção. As chamas consumiram móveis, madeiramento do deck e telhado.
O primeiro telhado em chamas cedeu e caiu sobre o telhado do prédio vizinho, o que ampliou rapidamente o incêndio, segundo os peritos.
Após o trabalho desta quarta, com recomendação de interdição e demolição, à Defesa Civil cabe interditar o local e notificar o proprietário sobre as áreas condenadas para destruição. Para isso, a prefeitura precisa conceder um alvará de demolição e o proprietário é responsável pela ação.
Documentação
Segundo a Prefeitura de Santo Antônio do Pinhal, o hotel incendiado tinha planta aprovada pelo setor de engenharia e habite-se emitido. No entanto, o prédio sofreu modificações e não foram requeridas alterações no projeto.
Oficialmente, segundo a administração municipal, o empreendimento estava desativado e não tinha solicitado alvará de funcionamento para a reabertura.
Nesta sexta, após o trabalho da Polícia Científica, a Prefeitura de Santo Antônio do Pinhal disse que a Defesa Civil do município vai interditar o local ainda à tarde, com isolamento com fitas. Sobre a demolição, o proprietário precisa seguir um trâmite na Secretaria de Obras, para fazer a destruição.
Sobre o alvará, a administração do hotel afirmou que tem o documento, porém em nome da antiga proprietária, e informou que a intenção era emitir novo documento após a temporada.
Sobre as orientações da perícia, o proprietário informou que pretende fazer as demolições indicadas já na próxima semana e que, mesmo antes da interdição oficial, o espaço já está fechado e isolado, inclusive com a presença de seguranças que impedem o acesso ao terreno do hotel.
Comments